“Porém o meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito e perseverou em seguir-me, eu o levarei à terra em que entrou, e a sua semente a possuirá por herança.” (Números 14.24).
Que alívio sentimos quando pessoas não crentes dizem a respeito de nós que somos diferentes. Percebemos, assim, que estamos fazendo a diferença no ambiente onde estamos inseridos, seja no trabalho, na escola, na faculdade, ou até na fila do supermercado.
“Eu vi que tu és da Igreja. Quem é da Igreja é diferente, né?”
Esta é a maneira singela como pessoas não cristãs se referem a nós: “da Igreja”. Somos marcados e definidos pela escolha que fazemos na vida, e uma dessas escolhas é o testemunho de fé que professamos de seguir a Cristo e ser parte do povo que Ele mesmo chamou de Igreja.
Se quando pessoas não crentes percebem que somos diferentes, isso já nos alegra muito, imagine, então, quando o Próprio Deus testifica a respeito de alguém? Foi isso o que aconteceu com Calebe. Este homem possuía um outro espírito, ou seja, uma disposição espiritual diferente daquela grande multidão que saiu do Egito rumo à Terra Prometida.
Fazer a diferença pode custar um preço bem alto, e no caso de Josué e de Calebe, o preço que pagaram foi a revolta do povo. Seus irmãos israelitas pegaram em pedras para apedrejá-los.
Quando propomos em nossos corações a sermos mais do que simplesmente crentes, ou “pessoas da Igreja”, para servirmos ao SENHOR com sinceridade, crendo e obedecendo a Sua Palavra e enxergando o invisível, certamente encontraremos duras oposições, e que poderão vir, até mesmo, da família consanguínea, ou da família da fé.
Calebe não era apenas um israelita; ele era um sincero servo de Deus que acreditava nas Promessas do SENHOR. Todo aquele povo que peregrinou no deserto deu testemunho do Poder de Deus que os tirou com Mão Forte do Egito, mas daquela geração apenas Calebe e Josué entraram em Canaã.
Seguindo o exemplo destes dois homens concluímos que não devemos ser somente “da Igreja”. (É claro que por sermos crentes sempre seremos diferentes por onde passarmos, e mostraremos ao mundo que existe um Israel que peregrina rumo à cidade celestial). No entanto, somente alcançaremos as Promessas de Deus e o Céu que nos está preparado se em nós existir uma disposição sincera e obediente de servir a Deus.
Josué e Calebe poderiam unir-se à opinião da maioria, ou pelo menos ficarem quietos quanto à sua fé. Afinal de contas, eles eram somente dois homens contra um povo raivoso. No entanto, ao contrário disso, eles tinham convicção de sua fé no SENHOR, e coragem para exortar e animar o povo. Quando os israelitas os ouviram, quiseram apedrejá-los, mas a Glória do SENHOR apareceu na Tenda da Congregação antes que isso acontecesse.
Que lição maravilhosa transmitida através do exemplo de Josué e Calebe! Quando nos dispomos a fazer a diferença, crendo nas Promessas do SENHOR, sem ir atrás da maioria ou do argumento de que “todo mundo faz, eu também posso fazer”; quando nos dispomos a obedecer, mesmo sofrendo represálias, podemos confiar que a Glória do SENHOR, de alguma forma, sempre se manifestará e nos defenderá. Esta é a nossa segurança e confiança.
Que o SENHOR encontre em nós um outro espírito. Que estejamos dispostos a fazer a Vontade de Deus mesmo contrariando a maioria. Assim, alcançaremos a Promessa. Canaã está logo ali. Avancemos com confiança, pois “a terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra muito boa.” (Números 14:7). Amém.
Texto: Juliane Vieira Couto Lucena – Jornalista e Redatora – Comunicação Batista
Imagem Ilustrativa: Zac Durant / unsplash.com