“Então, se levantou Abraão pela manhã, de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque, seu filho; e fendeu lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera.

Ao terceiro dia, levantou Abraão os seus olhos e viu o lugar de longe.” (Gênesis 22.3 e 4)

Conhecemos bem o convite feito por Jesus: negar-se a si mesmo, a cada dia tomar a sua cruz, e seguir os passos do Mestre (Mateus 16:24). E se as palavras de Jesus falam sobre seguir, isso nos indica que existe um caminho, uma jornada a percorrer até chegar ao Céu.

Abraão conhecia bem o que era percorrer uma jornada de provação. Desde o seu chamado, o que fez foi caminhar, primeiramente deixando sua terra natal, e depois, percorrendo a terra de Canaã, a qual Deus havia prometido que seria de seus descendentes. No entanto, a jornada de maior provação para o pai da Fé foi a jornada que ele fez até à terra de Moriá. Antes de pegar a estrada, Abraão aceitou a ordem divina de oferecer seu amado filho; ou seja, Abraão precisou negar a si mesmo antes de começar sua jornada, o que nos faz lembrar das palavras de Jesus a seus discípulos. Essa foi a grande prova da confiança de Abraão em Deus. Do mesmo modo que os seguidores de Jesus foram após Ele, somente crendo e confiando que Ele é o Filho de Deus, antes de sua morte, ressurreição e ascensão aos Céus, também Abraão creu e confiou em Deus antes do milagre, de aparecer o cordeiro que o Senhor proveu para ser sacrificado como holocausto no lugar de Isaque.

A jornada da provação só poderá ser percorrida se confiarmos plenamente em Deus. Aliás, sem existir confiança nem fará sentido caminhar nessa direção. Pelo contrário, iremos preferir pegar um atalho por outras estradas. Todavia, é apenas no caminho até Moriá que a fé será aperfeiçoada, o milagre será contemplado e, por fim, o Senhor irá reafirmar o nosso propósito com Ele, assim como fez com Abraão. A fé e a confiança caminham juntas pela jornada da provação. É como se uma fosse a perna direita e a outra, a esquerda. Precisamos das duas para seguirmos nesse caminho cheio de percalços. Que Deus nos ajude a seguir a jornada de provação que traçou para as nossas vidas. Perseveremos até o fim, sabendo que a conclusão da nossa jornada será a confirmação do nosso concerto com o Senhor. Não pegue atalhos. Siga a peregrinação até Moriá. O milagre está esperando você lá no alto.

Texto: Juliane Vieira Couto Lucena – Comunicação Batista 

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