“Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias.

Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres verás a glória de Deus?

Tiraram, pois a pedra. E Jesus levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido.

Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isso por causa da multidão que está ao redor, para que creiam que tu me enviaste.

E, tendo dito isso, clamou com grande voz: Lázaro, vem para fora.

E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhe Jesus: Desligai-o e deixai-o ir. Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a Maria e que tinham visto o que Jesus fizera creram nele.”

(João 11. 39-45)

Durante o tempo em que Jesus viveu na Terra, deixou-nos em tudo o Seu Exemplo. No caso da ressurreição de Lázaro, o Mestre nos ensina, através de Seu Exemplo, a importância de crermos verdadeiramente que o Pai ouve as nossas orações.

Lázaro, Maria e Marta eram amigos de Jesus, e Jesus amava Lázaro. Quando soube da notícia de que seu amigo estava doente, em vez de apressar-se para chegar rápido em Betânia, Jesus ainda ficou dois dias no lugar onde estava. Parecia que o Senhor não se preocupava com a situação, mas na verdade Ele estava confiante no Pai. Assim, Jesus não apareceu no tempo desejado por Maria e Marta, e Lázaro morreu. Já faziam quatro dias que o defunto jazia na sepultura. Muitos foram consolar as duas irmãs em luto. Tudo muito triste e desesperador. No entanto, Jesus sabia o que estava fazendo.

Quando Ele chegou no sepulcro, ordenou que tirassem a pedra. Mesmo com a incredulidade de Marta, a ordem foi cumprida. Depois, Jesus orou, e com as palavras que pronunciou na oração Ele revela o porquê de sua aparente demora para chegar em Betânia: “Pai, eu te dou graças por haveres me ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isso por causa da multidão que está ao redor para que creiam que tu me enviaste.”

Jesus foi o Unigênito do Pai, depois se tornou o Primogênito entre muitos irmãos. Entre estes muitos irmãos estamos você e eu. Graças a Jesus e ao Seu Sacrifício, agora podemos orar ao Pai com a mesma liberdade e confiança que Jesus orava, pois Ele também é nosso Pai e nosso Deus. Outrossim, nossa oração, a exemplo da oração que Jesus fez, deve ter o objetivo de revelar o Poder de Deus aos incrédulos. Precisamos ter autoridade e ousadia no Nome de Jesus para remover a pedra da incredulidade que está no coração daqueles que ainda não viram manifestar-se a Glória de Deus, e por fim, com nossa súplica sincera, testemunharemos aos outros que o Pai sempre nos ouve. Assim, os que estiverem ao nosso redor crerão no Poder de Deus e de que Ele nos enviou para testemunho do Evangelho.

A oração de Jesus mudou a incredulidade em fé, pois muitos judeus que estavam ali, creram Nele.

Não entendemos algumas situações difíceis que enfrentamos na vida. Contudo, processos assim são necessários para que o sinal do Poder de Deus seja manifesto. É claro que Jesus se importava com a dor de Maria e de Marta, e com a vida de seu amigo Lázaro, pois o amava. Do mesmo modo, Ele se importa comigo e com você, e com as pessoas que amamos e que apresentamos a Ele em oração. Portanto, a aparente demora do Mestre em agir em nosso favor tem o objetivo de gerar fé e testemunho aos incrédulos. Imagine, por exemplo, você enfrentar um problema ou determinada situação difícil durante longo tempo, e que parece não existir mais solução. De repente, Jesus intervém e resolve o seu problema da forma mais poderosa, além do que você poderia imaginar. Você não consegue perceber que tal atitude do Mestre faria com que aqueles que conhecem sua vida  e o problema que, até então, você enfrentava, testemunharão, enfim, o Agir de Deus em sua vida? Sim, há uma multidão de incrédulos observando nossas vidas, nossa conduta e nossa espera no Senhor.

Os judeus que rodeavam Maria e Marta em seu momento de luto sabiam que Jesus era o particular amigo delas e de seu irmão. A multidão de incrédulos que nos cerca também sabe que servimos ao Senhor. Eles esperam por um sinal. Por isso, é necessário que esperemos o tempo em que o Senhor irá agir. Ele deseja mudar a incredulidade em fé através da nossa oração. Mesmo que nossos sonhos cheguem a ir para o sepulcro. Mesmo que depois disso, ainda uma pedra enorme de incredulidade seja erguida, é necessário esperar pelo Senhor e ter confiança de que o Pai sempre nos ouve. Essa confiança é que nos fará descansar enquanto esperamos.

Texto: Juliane Vieira Couto Lucena – Jornalista e Redatora – Comunicação Batista

Imagem Ilustrativa: http://ujucasp.org.br/ 

 

 

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