Sempre que o Espírito Santo se manifesta há um discurso inspirado. Assim explicou o teólogo e pastor Claiton Ivan Pommerening durante o 3º Simpósio Teológico do STBG.
Ainda segundo o pastor, a narrativa do Livro de Atos dos Apóstolos, escrita por Lucas, enfatiza o Dom de Línguas mais vezes do que qualquer outra evidência para indicar que os crentes foram batizados com o Espírito Santo (Atos 2: 1-13).
O evento registrado em Atos 2 foi um encontro entre a linguagem humana e a divina em uma cena misteriosa para alterar a consciência dos discípulos em si mesmos à tradição, à teologia e à vida.
E o que acontece depois?
A partir do verso 14 de Atos 2, após a descrição da Descida do Espírito Santo, lê-se a respeito do discurso de Pedro. Este pregador fora completamente transformado pelo poder do Senhor, pois ele, que outrora havia negado Jesus, agora põe-se em pé, levanta a voz e prega a todos os presentes.
Assim como na vida de Pedro, a evidência do Espírito Santo que agiu e que ainda permanece na vida de alguém é conhecida pela conduta da pessoa. E a principal característica de uma conduta transformada pelo Espírito é o Amor de Deus transmitido nos relacionamentos, a começar pelo âmbito familiar. Uma pessoa verdadeiramente transformada pelo Espírito Santo manifesta a Presença de Deus em sua vida de forma contínua.
O cristão transformado pelo Espírito Santo também tem prazer na oração. A base de sua oração é a busca por um relacionamento íntimo e amoroso com Jesus.
“Não devemos fazer uma oração somente para ter um dia bom. Isso seria uma oração mística.” – afirmou Claiton.
E o autor Lucas dá o devido valor à vida de oração do Mestre, pois destaca 9 vezes em que Ele orou (nenhum dos outros três evangelhos mencionou esse detalhe). Jesus tinha intimidade com o Pai, e o cristão transformado e cheio do Espírito Santo também busca por essa mesma intimidade.
Os “tesourinhos” que nos afastam de Jesus
O motivo de muitos cristãos sofrerem distúrbios como ansiedade e depressão, conforme considera o palestrante, deve-se aos pequenos “tesourinhos” do coração, que o cristão abriga sem se dar conta de que estes estão preenchendo o espaço que deveria pertencer ao Salvador.
“Todos estes ‘tesourinhos’ devem orbitar em volta do tesouro maior que é Jesus” – explica Claiton.
Quando, porém, os valores são invertidos e as preocupações da vida, e, até mesmo, as conquistas ocupam o lugar principal, a alma adoece. Lembremos do que foi dito pelo Mestre:
“Porque onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração.” (Lucas 12: 34).