Por: Editorial

“Assim diz o rei: Não vos engane Ezequias; porque não vos poderá livrar da sua mão; nem tampouco vos faça Ezequias confiar no SENHOR, dizendo: Certamente nos livrará o SENHOR,  e esta cidade não será entregue na mão do rei da Assíria.

Não deis ouvidos a Ezequias; porque assim diz o rei da Assíria: Contratai comigo por presentes e saí a mim; e coma cada uma da sua vide e da sua figueira e beba cada um a água da sua cisterna.

Até que eu venha e vos leve para uma terra como a vossa, terra de trigo e de mosto, terra de pão e de vinhas, terra de oliveiras, de azeite e de mel; e assim vivereis e não morrereis; não deis ouvidos a Ezequias, porque vos incita, dizendo: O SENHOR  nos livrará.” (2 Reis 18. 29-32).

Judá estava cercada. Todas as suas cidades fortes estavam sob ameaça de Senaqueribe, rei da Assíria. O imponente rei, (que já havia conquistado nações), enviou mensageiros para amedrontar o povo de Deus, e apresentou-lhes uma proposta de aliança. Até tentou confundir o povo de Judá, afirmando que o Senhor não os livraria, pois os deuses das outras nações que Senaqueribe conquistou, não livraram-nas. A proposta de aliança parecia interessante a essa altura do cerco, mas, na verdade, não era.

Se lermos no capítulo anterior, entenderemos que o rei Ezequias, rei de Judá, havia restabelecido o culto ao SENHOR; os ídolos foram removidos.

Ao longo de nossa trajetória com Cristo, algo semelhante à história bíblica citada acontece-nos: há momentos em que ídolos do coração (pecados de quaisquer gênero) são removidos, mediante um propósito firme com o Senhor, e o altar de Deus em nossa vida e em nosso lar é restaurado. Então, o cerco do inimigo vem, e os limites começam a ficar apertados; o sufoco espiritual com a intimidação adversária é intenso. Em momentos assim, porém, não podemos ceder às tentativas de aliança com o diabo.

Senaqueribe ofereceu ao povo de Deus uma possibilidade: um contrato por presentes, para que os habitantes de Judá tivessem meios de sobrevivência, e, posteriormente, fossem levados pelo rei da Assíria a um lugar que seria como a terra de Israel, (mas, que na verdade, não era, pois a terra de Israel é uma só: aquela que foi estabelecida por Deus desde a Sua promessa feita a Abraão).

Apesar do medo e pânico dos habitantes de Judá, a proposta da aliança com o rei da Assíria não foi aceita (graças a Deus). Antes, as afrontas de Senaqueribe foram apresentadas, pelo rei Ezequias,  na Casa do Senhor, (2 Reis 19), e Deus enviou a vitória ao seu povo: naquela mesma noite o anjo do Senhor feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles. Depois, o próprio Senaqueribe foi morto a espada por dois de seus filhos (2 Reis 19. 35-37).

Em tempos de aperfeiçoamento espiritual, em que tomamos novos propósitos com o Senhor, certamente levantar-se-ão cercos do inimigo para amedrontar-nos, e ele, também, tentará algum tipo de aliança. (Quem sabe, orar menos, ler menos a Bíblia e dedicar-se mais a lazeres e diversões?). A fúria do adversário existe exatamente porque ele sabe que, a partir do momento em que abandonamos práticas que outrora interferiam em nossa comunhão com o Senhor, passamos a viver uma vida exclusiva para Deus, sem alianças com o que é mal. Os ídolos já foram embora, e somente o Deus Verdadeiro agora é adorado.

Em tempos de cerco, não faça aliança com o inimigo. Ore. Medite na Palavra de Deus. Jejue. Se for preciso, tal qual fez Ezequias, apresente verbalmente a Deus, as afrontas do adversário: sejam elas ameaças ou vozes de acusação. O Senhor dará a vitória. É Ele quem dá fim às ameaças do mal contra nossas vidas e contra a vida de quem amamos. Em um trecho da resposta do Senhor contra Senaqueribe, lemos:

“Por causa do teu furor contra mim e porque a tua revolta subiu aos meus ouvidos, portanto porei o meu anzol no teu nariz e o meu freio, nos teus lábios e te farei voltar pelo caminho por onde vieste.” (1 Reis 19.28).

O furor que o inimigo demonstra contra nós, o Senhor toma para si. Ele pessoalmetne trata com o adversário e o destrói. A nós, cabe somente confiar e entregar a Deus as afrontas. Mesmo que elas pareçam ser tão reais. Mesmo que, ao olharmos outros exemplos daqueles que não conseguiram por suas próprias forças, sintamos medo de não conseguirmos também. Todavia, não devemos temer, pois o Senhor, Deus de Israel, não é como os outros deuses que são feitos por mãos de homens. O Nosso Deus Vive para Sempre e é Vencedor para Sempre!  Confiemos Nele, sem fazermos nenhum tipo de acordo com o inimigo. A vitória virá, em nome de Jesus!

Imagem: Антон Дмитриев / Unsplash. com 

 

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